A coisa mais interessante a tirar da eliminação da página humorística do Jovem Conservador de Direita por parte do Facebook é esta: não estar refém de uma plataforma.
Por isso 3 ideias muito simples:
1) ter um site em que tu compras e geres o teu alojamento e para onde direcionas tráfego das tuas redes sociais. Aquilo que lá está é teu.
2) ter um cruzamento de estratégias entre plataformas de redes sociais. No caso de uma acabar, não tens de começar do zero noutra. Quando o Vine acabou havia gente gigante lá. Maior parte deles estava ao mesmo tempo a construir-se no Snapchat/YouTube/Instagram. Quando o Vine acabou, os que estavam 100% dependentes do Vine desapareceram. Os outros – casos como o Jerome Jarre, Jake Paul e Alissa Violet – continuaram a tornaram-se gigantes nas outras plataformas. Os seus seguidores apenas migraram para lá.
3) ter um formulário de e-mail no site para reteres os contactos de quem te visita e elaborares uma newsletter. Os contactos tornam-se teus e não desaparecem se a rede social X desaparecer. O e-mail funciona. O Tim Ferriss tem uma base de dados de e-mail, oriunda do blog, com 1 milhão de subscritores e uma Open rate de 61%.
(ou no meu caso profissional, a nossa base de dados de e-mail da BOUNCE funciona e muuuito bem)
Nenhuma destas redes sociais é nossa. O Facebook não nos deve absolutamente nada. Usamos a plataforma deles. Eles ganham dinheiro com isso. Ponto. Estamos aqui porque gostamos e enquanto gostarmos eles vão continuar a existir. Toda a polémica sobre censura e liberdade de expressão é um fait divers. O que aconteceu ao Jovem Conservador de Direita foi má estratégia digital.
Os grupos organizados de “bullies digitais” são reais. Nos Estados Unidos está bem documentado a eliminação de contas de YouTube e Instagram – de pessoas que já estavam a ganhar bastante dinheiro delas – porque há grupinhos de haters que se organizam para fazer mass reports. Gente que perdeu literalmente o emprego porque essas contas eram o seu principal ganha pão. É a vida. São circunstâncias completamente fora do nosso controlo. A única que está é ter uma boa estratégia digital.
(Foto: Rodion Kutsaev)